quinta-feira, 27 de março de 2008

Crônica


Estou fazendo 10 artigos de regras de etiqueta em uma biblioteca com fins de proporcionar melhor educação, nesse lugar publico tão frequentado pelos chamados, "Nerds" . Pois bem, nao pense que nesse tipo de lugar podes se comportar de forma absurda como se tivesse na casa da propria, mae joana.
Vamos lá.


Art. I - Os que necessitam de um som.
Estes, são aqueles que, em todo momento ficam assobiando, batucando , etc..
Enquanto procuram algo, ou enquanto esperam alguem, ou até mesmo quando estão afim de " enxer o saco ".
Essas pessoas poderiam, ou fazer a clássica batucada, sem som ou talvez criar uma banda logo, dentro da biblioteca.
Se você for assim, e o seu caso não tiver cura. certifique-se se a pessoa ao lado se encomoda.
Se não, chame-o (a) pra assobiar/batucar com você .
Se sim, tenha pelo menos um pouco de educação e vá procurar outro pra ter que dividir esse momento contigo.

Art. II - Postura.
Sua postura no mínimo deve aparentar que você está interessado na pesquisa, ou seja lá o que estiver fazendo.
A coluna, sem duvidas é reta ( nessas horas, relembramos pra que serviram as aulas de desenho ) .
As pernas ? cruzadas como de um profissional, bem sucedido... ou quase isso.
os olhos nem se fala, jamais deves desviar o olhar em uma biblioteca. se está lá, é porque quer um livro, certo ?
pra que olhar outra coisa ?

Art. III - Caras e bocas.
Quando estiver lendo, tente fingir que pelo menos se encontra interessado no assunto.
serve também aquelas expressões de incompreensão, sarcasmo, tristeza ... entre outras.

Art. IV - Guarda-chuvas.
A partir do momento que começa a chover e você vai a uma biblioteca, é mais do que certo, que pelo menos 1 livro será molhado pelo seu guarda-chuva.
se molhar, disfarce, e esconda o livro na sessão de culinária.
Assim, ninguem irá mexer, pois estao numa sessão de culinária, pra que querer livro de outro assunto ? e ainda por cima, MOLHADO.

Art V - O cúmulo da educação.
O cúmulo da educação em uma biblioteca, é quando a pessoa se habilita a conversar.
começa sempre com o tempo, depois vai para o churrasco da sua tia-avó, passa para o seu filho, primo, sobrinho .. que ficou em recuperação,
ai começa o assunto da sua mãe que tá doente, segue com as férias que o seu chefe não quis adiantar, volta para o tempo e termina com o:
tchau, prazer falar com você.
Traduzindo = foi bom te contar a minha vida.

Artigo VI-Falar ao celular na biboteca
Falar ao celular em uma bibilhoteca é no mínimo um motivo para merecer uma surra .Uma boa fofoca é coisa para se contar ao pé do ouvido,acrescentando pontos .Não teria a mesma graça contar que a Paris Hilton foi presa aos berros ...

ArtigoVII -
Esse é um caso sério.Seríssimo.Se deliciar em uma boa leitura é um fato quase inevitável,mas tirar os sapatos em local público é um convite a tortura.É melhor evitar despertar o apetite dos demais presentes por queijo,já que o odor que o pé exala assemelha-se muitas vezes a um 'queijo ralado' .

Artigo VIII -Aos piadistas de plantão
Já que estamos em uma bibilhoteca quem quiser movimentar o maxilar deverá se dirigir a sessão de piadas.Piadas vulgares e clássicos não são uma boa pedida .

Artigo IX - A clássica regra
Bibilhoteca sugere a mente silêncio Não é um bom local para fletar,conversar ou fazer revelações ,a relação neste lugar deverá ser feita pela troca de olhares ,ou então aproveitando o clima do lugar através de pemas .Quão romântico seria se um senhor de meia-idade com os fios já aparentes e com os reflexos de uma vida através da rugas ou na barriga levantasse um livro à uma donzela cuja capa teria os dizeres ;Procura-se um amor na terceira idade .Se a donzela se apaixonaria ou não,isso é uma encógnita,mas seria muito mais agradável para os demais presentes.
Ps : esse aviso é valido especialmente para as bibilhotecárias .

Artigo X - Trajes
Não vá de trejes que sugiram que voce acabou de sair da praia.Se arrume para ir à uma bibilhoteca .É claro que não é necessário ir de tênue de Soirée (a não ser que voce queira chamar a atenção ou então se igualar a algum personagem de livro que tenha ido à um baile ),mas não vá 'largado' ,pois correrá o risco de ser confundido com um daqueles vendedores de livros usados que expôem seus livros na calçada ,quase por ocupá-las inteiras ,e que o único motivo destes irem a uma bibilhoteca seria 'furtar' um livro .

quarta-feira, 26 de março de 2008

Biografia

Era filho do mulato Francisco José de Assis, pintor de paredes e descendente de escravos alforriados, e de Maria Leopoldina Machado, uma portuguesa. Machado de Assis, que era canhoto, passou a infância na chácara de D. Maria José Barroso Pereira, viúva do senador Bento Barroso Pereira, na Ladeira Nova do Livramento, onde sua família morava como agregada, no Rio de Janeiro. De saúde frágil, epilético, gago, sabe-se pouco de sua infância e início da juventude. Ficou órfão de mãe muito cedo e também perdeu a irmã mais nova. Em 1851, com a morte do pai, Machado de assis, emprega-se como doceiro num colégio do bairro, e Machadinho, como era chamado, torna-se vendedor de doces. No colégio tem contato com professores e alunos e é provável que tenha assistido às aulas quando não estava trabalhando.
Mesmo sem ter acesso a cursos regulares, empenhou-se em aprender e se tornou um dos maiores intelectuais do país, ainda muito jovem. Em São Cristóvão, conheceu a senhora
francesa Madamme Gallot, proprietária de uma padaria, cujo forneiro lhe deu as primeiras lições de francês, que Machado acabou por falar fluentemente. Também aprendeu inglês, chegando a traduzir poemas deste idioma. Posteriormente, estudou alemão, sempre como autodidata.

De origem humilde, Machado de Assis iniciou sua carreira trabalhando como aprendiz de tipógrafo na Imprensa Oficial, cujo diretor era o romancista Manuel Antônio de Almeida. Em 1855, aos quinze anos, estreou na literatura, com a publicação do poema "Ela" na revista Marmota Fluminense. Continuou colaborando intensamente nos jornais, como cronista, contista, poeta e crítico literário, tornando-se respeitado como intelectual antes mesmo de se firmar como grande romancista. Machado conquistou a admiração e a amizade do romancista José de Alencar, principal escritor da época.
Em 1869, casa-se com a portuguesa Carolina Augusta Xavier de Novais, irmã do poeta Faustino Xavier de Novais e quatro anos mais velha do que ele. Em 1873, ingressa no Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, como primeiro-oficial. Posteriormente, ascenderia na carreira de servidor público, aposentando-se no cargo de diretor do Ministério da Viação e Obras Públicas.
Podendo dedicar-se com mais comodidade à carreira literária, escreveu uma série de livros de caráter
romântico.

Em 1881, abandona, definitivamente, o romantismo da primeira fase de sua obra e publica Memórias Póstumas de Brás Cubas, que marca o início do realismo no Brasil. Machado, como todos os autores do gênero, escapa aos limites de todas as escolas, criando uma obra única.
Na segunda fase suas obras tinham caráter realista, tendo como características: a introspecção, o humor e o pessimismo com relação à essência do homem e seu relacionamento com o mundo. Da segunda fase, são obras principais:
Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1892), Dom Casmurro (1900), Esaú e Jacó (livro) (1904), Memorial de Aires (1908), além das coletâneas de contos e da coletânea de poesias Ocidentais. Em 1904, morre Carolina Xavier de Novaes, e Machado de Assis escreve um de seus melhores poemas, Carolina, em homenagem à falecida esposa. Muito doente, solitário e triste depois da morte da esposa, Machado de Assis morreu em 29 de setembro de 1908, em sua velha casa no bairro carioca do Cosme Velho.

Machado de Assis




Joaquim Maria Machado De Assis,
( Rio de Janeiro, 21 de junho 1839 - Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1908 ) Foi um escritor Brasileiro, considerado um dos mais importantes nomes da literatura desse país e identificado, pelo crítico Harold Bloom, como o maior escritor negro de todos os tempos. De sua vasta obra, que inclui ainda poesias, peças de teatro e crítica literária, destacam-se o romance e o conto. é considerado um dos criadores da crônica no país, alem de ser um importante vertendo para português obras como Os Trabalhadores do Mar, de Victor Hugo e o poema O corvo de Edgar Allan Poe. Foi também um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras (também chamada Casa de Machado De Assis) e primeiro presidente .


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